Em discurso aos cidadãos russos nesta quinta-feira (24), o presidente Vladimir Putin disse que decidiu realizar uma “operação militar especial” na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
A informação é da agência de notícias russa RIA Novosti. O anúncio de Putin se refere ao envio de forças militares para as regiões separatistas de Donestk e Lugansk, decretado pelo líder russo na segunda-feira (21) sob o pretexto de “missão de paz”.
“As circunstâncias exigem que tomemos medidas decisivas e imediatas. As Repúblicas Populares do Donbass recorreram à Rússia com um pedido de ajuda. A este respeito, de acordo com o Artigo 51, Parte 7 da Carta da ONU, com a sanção do Conselho da Federação e em cumprimento aos tratados de amizade ratificados pela Assembleia Federal e assistência mútua com a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk, decidi realizar uma operação militar especial”, afirmou o presidente russo no discurso desta quinta, que foi transmitido pela televisão.
Ainda na ocasião, de acordo com a Associated Press, ele alertou outros países de que se tentarem interferir na ação russa, haverá “consequências que eles nunca viram”. Putin acusou ainda os Estados Unidos e os aliados dos americanos de ignorarem a exigência da Rússia de oferecer garantias de segurança ao governo russo e impedir a Ucrânia de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Segundo Putin, a “operação militar especial” na Ucrânia tem o objetivo de garantir uma “desmilitarização” do país e todos os militares ucranianos que deixarem suas armas poderão sair da zona de combate em segurança.