Moradores foram usados até de escudo humano pelos criminosos
‘Domínio de Cidades’. É assim que a Polícia Civil catarinense, que auxilia nas investigações do ataque sofrido pelo município de Guarapuava (PR), tem chamado a ação dos criminosos. O grupo causou terror na cidade. Fortemente armados, eles bloquearam acessos ao local, incendiaram veículos em frente a um batalhão da Polícia Militar e tentaram assaltar uma empresa de transportes de valores.
Conforme o delegado Anselmo Cruz, da DEIC (Delegacia de Roubos e Antissequestro), esse tipo de situação, se assemelha ao crime registrado em Criciúma. A informação foi repassada durante o programa Balanço Geral do NDTV. Um trabalho de inteligência envolvendo as polícias civis de diversos Estados e também a Polícia Federal vem sendo colocado em prática com o intuito de desarticular as quadrilhas.
Segundo o delegado Cruz, o “domínio das cidades” é considerado um dos crimes mais violentos praticados no Brasil. “Estamos falando de dezenas de criminosos atacando cidades de porte médio, com cerca de 200 mil habitantes, tendo como alvo empresas transportadoras de valores ou bancos, usando veículos blindados e armamento pesado”, descreve Cruz.
Cerca de 50 homens teriam participado do ataque a Guarapuava. Sete fuzis e duas metralhadoras .50, que são capazes de perfurar carros blindados, foram apreendidas, segundo informações da Polícia Militar. Muitos moradores foram utilizados como escudos humanos durante o assalto e, segundo informações do Samu, um deles foi baleado.
Uma base da Polícia Militar foi atacada a tiros, e um caminhão foi incendiado na frente impossibilitando a saída dos policiais do 16⁰ Batalhão de Polícia Militar de Guarapuava. Equipes de apoio da PM de toda a região, inclusive de Curitiba, foram acionadas. A Polícia Rodoviária de Ponta Grossa e o Exército também foram chamados para enviar reforços ao município, localizado a 255 km da Capital do Paraná.
Os moradores de Guarapuava viveram momentos de terror e medo. Um morador, que possui um apartamento próximo a empresa alvo dos criminosos, contou que passou quase a noite toda deitado no chão da residência com medo dos criminosos.
“Em torno das 10 e pouco começou um barulho de tiros, mas pensamos que era um foguete. Eu saí na janela para ver e percebi que eram atiradores fortemente armados. Era armamento pesado, bombas, metralhadoras, sensação de guerra. Eu não fiquei olhando muito, logo deitei no chão. Moradores da região contaram que eles paravam as pessoas que subiam da Vila Carli e faziam um cordão humano. Fiquei muito apavorado”, relatou o morado
Fonte: Visor Notícias