Vítima havia solicitado medida protetiva. Suspeito de praticar o crime é o ex-marido, que foi preso em flagrante em Lages com um revólver
Uma mulher de 47 anos foi morta com três tiros na cidade de Rio Rufino neste domingo (17). Segundo informações da Polícia Militar de Santa Catarina, o suspeito é seu ex-marido, de 46 anos. O autor efetuou três disparos contra a vítima que foi socorrida, mas não sobreviveu após chegar ao hospital.
O crime ocorreu por volta das 21h30 na rua Professor José Ribeiro, no bairro Sagrada Família, conforme a Polícia Militar. O suspeito entrou na residência, após a separação do casal, arrombou o local e efetuou os disparos contra a vítima.
O crime foi presenciado pela filha da mulher, que estava na residência. Em seguida o homem fugiu para Lages e acabou preso pela PM. O caso foi registrado pela PM como feminicídio.
“Ele tinha um ciúmes excessivo e não aceitava vê-la bem com outra pessoa. Era uma pessoa extremamente ciumenta. Foi registrado um B.O. contra ele no ano passado e no mesmo ano uma medida protetiva contra ele”, afirma o delegado Edipo Hellt, responsável pelo caso.
Hellt afirmou ainda que o boletim de ocorrência foi registrado por ameaça verbal do agressor. Na data a vítima optou por não instaurar inquérito policial, mas pediu pela medida protetiva.
O delegado fez ainda a ressalva para que todas as mulheres que se sintam ameaçadas busquem a Polícia Civil de Santa Catarina. “A mulher vítima de qualquer tipo de violência deve procurar a Polícia Civil, isso é muito importante”, explicou. Além da busca presencial é possível fazer contato pelo 181.
Na Central de Plantão Policial de Lages, o homem foi autuado em flagrante pela Polícia Civil. A arma e os celulares foram apreendidos.
Segundo a Polícia Civil, o órgão requisitou perícias e outras medidas cabíveis. Outras diligências seguem sendo realizadas pela Polícia Civil e as investigações prosseguem. A Polícia Civil afirmou que não informa nome de vítimas nestes casos.
Em 2021 e 2020 aconteceram dois feminicídios no primeiro mês do ano. Já em janeiro de 2022 foram oito feminicídio registrados, um aumento de 300% na taxa. Os números foram divulgados pela SSP/SC (Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina).
(NDmais)
