Yara foi dada como desaparecida no dia 29 de março, e encontrada carbonizada no dia 4 de abril nas imediações da rodovia Admar Gonzaga, na SC-404
A morte da enfermeira Yara Filomena Werner da Silva, de 46 anos, teve um desfecho. Na tarde desta terça-feira (26), o companheiro da mulher foi preso de forma temporária pela Polícia Civil. Ele confessou o crime aos policiais, explicando que matou Yara por conta de ciúmes.
Enfermeira foi morta no dia 4 de abril pelo próprio companheiro – Foto: Reprodução/Internet/ND
A informação foi confirmada ao portalND+na manhã desta quarta-feira (27) pelo delegado Ênio de Oliveira Matos, que vem atuando no caso desde o dia 4 de abril, quando o corpo de Yara foi encontrado carbonizado em em uma área de mata no bairro Itacorubi. Ênio explicou que o homem teria matado Yara após ela dizer que iria se encontrar com um ex-namorado. A enfermeira foi esganada até a morte em cima da cama do casal.
O homem revelou que, na sequência, jogou a mulher no porta mala de seu carro e foi até a escola em que seus filhos estudam para buscá-los, na tarde do mesmo dia.
Foi na manhã seguinte que ele levou o corpo de Yara até o matagal, e lá ateou fogo na mulher já morta. O homem já está no presídio de Florianópolis, confirma o delegado. Eles viviam juntos há 10 anos, moravam no bairro Trindade e tinham uma filha em conjunto, de 7 anos.
Yara era também mãe de outros dois meninos de 12 e 14 anos.
Relembre o caso
Yara foi dada como desaparecida no dia dia 29 de março. O caso começou a ser investigado inicialmente pela DPPD (Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas). A denúncia de que ela estaria desaparecida foi feita pelo companheiro da vítima, mas somente no dia 31, dois dias após sua morte.
Na época, relatos disseram que a mulher teria saído por volta das 16h do dia 29, e que não foi mais vista.
Após investigações preliminares, ao menos 30 boletins de ocorrência foram identificados como atrelados à enfermeira, conforme confirmação da polícia ao Grupo ND. Os BOs tratavam-se de brigas familiares, ameaças e até pedido de medida protetiva.
Foi então que, por volta do meio-dia do dia 4 de abril, a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) foi acionada, via disque-denúncia, informando a presença de “algo parecido com um corpo” nas imediações da rodovia Admar Gonzaga, na SC-404.
Ao chegar no local um cadáver foi encontrado, carbonizado e totalmente desfigurado. O corpo foi encaminhado à Polícia Científica, que atestou a identidade de Yara por meio da arcada dentária. A profissional de saúde atuava no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Ela trabalhava na Capital desde 2006, e fazia parte do serviço de Enfermagem da Clínica Obstétrica e da Coordenadoria de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.
(NDMais)