Fator foi desencadeado pela alta desenfreada nos preços da gasolina em território nacional, que foi decisivo na hora de escolher entre os meios de transporte
A venda de motocicletas cresceu 33,7% durante o primeiro trimestre de 2022 no Brasil, quando comparada com o mesmo período do ano anterior. É o que indica os dados coletados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) e pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
De acordo com as pesquisas, durante os três primeiros meses do ano, cerca de 327.139 motocicletas foram produzidas no Brasil. Destas, 274.766 foram vendidas. O número de produção também cresceu em 15,7% quando comparado à 2021.
As organizações dizem que tais porcentagens devem-se principalmente pela alta desenfreada no preço da gasolina, que tem sido um fato decisivo na hora da compra por um automóvel. Nos últimos 12 meses, o preço médio do litro da gasolina nos postos foi de R$ 5,42 para R$ 7,21.
Gasolina vem tendo alta elevada em todos os Estados brasileiros – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Divulgação/ND
Ao mesmo tempo, o valor do etanol subiu de R$ 3,75 para R$ 5,24, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Os crescentes números dos combustíveis também fizeram com que mais pessoas retirassem a carteira A de habilitação, destinada às motocicletas.
“As motos já se consolidaram também como instrumento de trabalho, como serviços de entrega”, destaca o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Jr, ao comentar sobre o aumento na venda do meio de transporte.
A avaliação é compartilhada por Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Ele prevê que a demanda deve continuar ainda pelos próximos meses. “A elevação nos preços dos combustíveis tem levado mais pessoas a olharem para a motocicleta como uma alternativa”.
Além de tudo, como complementa Paulo Takeuchi, diretor executivo da Abraciclo, “a motocicleta é um veículo ágil, econômico, com preço acessível e baixo custo de manutenção”.
(NDmais)
