Os casos confirmados de varíola do macaco já passam de 200 em mais de 20 países e existem outras dezenas de suspeitas.
No Brasil, ainda não há protocolos definidos para testagem e isolamento dos casos suspeitos que possam surgir e nem insumos necessários por aqui para disponibilizar testes, se forem necessários. As informações são do R7.
A doença acendeu alerta na OMS (Organização Mundial da Saúde) porque nunca tinha aparecido nessa proporção fora da África, onde em muitos países é endêmica (constantemente registrada).
Quando aconteciam fora do continente, os casos se davam a partir do contato com animal silvestre após a viagem aos lugares onde a doença está presente ou com animal silvestre tirado da natureza e levado para o contato humano.
Surto
No surto que começou há um mês na Europa, a velocidade de transmissão é diferente e o surgimento de lugares distantes intriga os pesquisadores. Pensando nisso, o o Ministério da Saúde e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) criaram os grupos de trabalho para desenvolvimento de protocolos e procedimento para possível chegada da doença ao Brasil.
Formas de diagnóstico
Além da coleta através de swab (cotonete estéril) das lesões, ricas em materiais virais, a doença pode ser diagnosticada por exames de sangue feitos quando começam os sintomas, quando o vírus circula pela corrente sanguínea.
Orientações
Após a disponibilização dos insumos, a orientação para os profissionais de saúde deve estar entre as prioridades das autoridades de saúde.
O Ministério da Saúde encaminhou um comunicado a todos os estados orientando profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.
Por enquanto, apenas a Argentina investiga uma pessoa com suspeita da doença na América do Sul. Mas já existem registros de infectados na Europa, América do Norte, Oceania e Ásia. A OMS considera o pior surto do vírus fora da África.Produção de vacinas pelo Instituto Butantan – Foto: Marcelo Martins/PMB
Produção de vacina no Brasil
O Instituto Butantan, um dos principais produtores de vacina do Brasil, criou um grupo de trabalho para avaliar a disseminação do vírus da varíola do macaco no cenário mundial e uma possível confirmação de casos em território nacional.
O grupo está na fase de estudar a doença e avaliar as vacinas disponíveis no mercado, que são poucas e produzidas em pequena escala.
Caso seja necessário, o instituto se comprometeu a produzir uma nova vacina. Vale destacar que a OMS afirmou na última segunda-feira (23) que não vê a necessidade de imunização em massa da população.
Além de conferir proteção antes da exposição, o imunizante pode ser usado em pessoas já infectadas.
Fonte: ND+