Plantio piloto de mudas de restinga iniciou esta semana; ao longo da praia, mais de 33 mil mudas devem ser plantadas
Se engana quem acha que a recuperação da Praia Central de Balneário Camboriú acabou com o fim do alargamento da faixa de areia. Esta semana, a cidade, por meio de uma empresa terceirizada, iniciou uma nova fase no projeto.
Balneário Camboriú inicia nova fase da recuperação da Praia Central – Foto: Reprodução/Gizele Maciel
Agora, a empresa inicia um plantio piloto de mudas de restinga, que devem compor a Praia Central. Uma área da praia será destinada ao plantio, que funciona como um “teste” para as plantas.
“Depois esse piloto se torna banco de mudas para o restante da praia”, explica a secretária do Meio Ambiente de Balneário Camboriú, Maria Heloisa Furtado Lenzi.
Conforme a secretária explica, neste primeiro momento serão avaliados “indicadores visando verificar se os objetivos estão sendo atingidos, como as mudas reagem ao ambiente além da necessidade, ou não, de replantio dos trechos concluídos”.
Neste período, canteiros serão fechados para a plantação, mas eles não impedem o acesso à praia, já que serão áreas pequenas. Ainda neste primeiro momento, segundo Lenzi, “serão plantadas apenas espécies herbáceas, que chegam a 30 cm de altura no máximo”.Praia Central continuará aberta ao público durante plantio da restinga – Foto: Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú
Após o plantio, além disso, será feito um monitoramento do local. A secretária estima que o prazo inicial para conclusão deste “piloto” seja de seis meses.
O investimento total da prefeitura na recuperação da restinga é de R$ 1,5 milhões. O projeto executivo prevê o plantio de mudas nativas de restinga em toda a extensão da praia, assim como a instalação de cercas e de “passarelas” para acesso dos banhistas.
O projeto prevê o plantio de nove espécies de plantas de restinga: capim-das-dunas, capim-arame, capim-da-praia, batateira-da-praia, acariçoba, pinheirinho-da-praia, capotiraguá, margarida-da-praia, e feijão-da-praia.
O capim-das-dunas, o capim-arame e a acariçoba vem sendo usadas, inclusive, na recuperação das dunas da Praia Brava, na vizinha Itajaí. Essas três espécies trabalham na fixação das dunas.O projeto estima que serão necessárias 33.167 mudas para completar a área da praia que será recuperada – Foto: Arquivo/Bruno Golembiewski/ND
Conforme o projeto, a criação das mudas deverá ser feita em viveiros da prefeitura de Balneário Camboriú, ou podem ser provenientes de produtores da região. Estolões (um tipo de caule que pode ser usado na propagação de plantas) também serão coletados em áreas doadoras, em praias próximas à Praia Central.
O projeto estima que serão necessárias 33.167 mudas para completar a área da praia que será recuperada.
(NDMais)