Antes de assumir o cargo em Brasília, Jean Coelho comandava a superintendência da PRF em Santa Catarina
O diretor-executivo da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o catarinense Jean Coelho, foi dispensado das suas funções uma semana após agentes transformarem uma viatura da corporação em “câmara de gás” e provocar a morte de um homem. A decisão foi publicada nesta terça-feira (31) no Diário Oficial da União.
O documento, assinado pelo Ministro da Casa, Civil Ciro Nogueira, também dispensa o diretor de inteligência, Allan da Mota Rebello. As informações são do Estadão.
Antes de assumir o cargo em Brasília, Coelho comandava a superintendência da PRF em Santa Catarina.
Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi posto no porta-malas de uma viatura em uma tentativa de contê-lo durante uma abordagem. A vítima morreu horas depois, após ser atendida em um hospital de Umbaúba, no sul de Sergipe. Apesar de a dispensa ter ocorrido uma semana após o caso, os motivos da decisão não foram esclarecidos pelo governo federal.
Em nota ao Estadão, a PRF informou que Genivaldo teria reagido de forma agressiva e precisou ser contido com técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo. O órgão afirmou, ainda que abriu procedimento disciplinar para analisar a conduta dos agentes envolvidos. Os policiais foram afastados.
A responsabilidade dos policiais pela morte de Genivaldo também será apurada na esfera criminal.
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão também abriu uma apuração no âmbito cível sobre “violações aos direitos dos cidadãos e, em especial, aos direitos das pessoas com deficiência”. Conforme a família da vítima, Genivaldo tinha esquizofrenia e era medicado há 20 anos.
(NDMais)