Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Pará e Distrito Federal em endereços ligados ao ex-ministro
Alvo da operação da PF (Polícia Federal) deflagrada nesta quarta-feira (22), o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso, segundo o site a Folha de São Paulo junto com outro pastor Gilmar Santos.
O ex-chefe da pasta é suspeito de operar um esquema de uso indevido de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Pará e Distrito Federal em endereços ligados ao ex-ministro e aos líderes religiosos Arilton Moura e Gilmar Santos, apontados como lobistas que atuavam no MEC.
De acordo com a PF, os investigados estão proibidos de manter contato durante a investigação. As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A investigação corre sob sigilo.
O caso veio à tona em março deste ano após vazamento de áudio em que Ribeiro afirmava privilegiar prefeitos indicados pelos pastores. Na gravação ele disse que foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
Dias depois, ele alegou que não houve influência do chefe do Executivo no caso. Ribeiro afirmou que o envio de recursos da pasta aos estados e municípios era feito com base em critérios técnicos.
Pena
O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de prisão. Também são investigados fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).
(NDMais)