Homens devem responder a mais de 18 anos de prisão; abusos iniciaram quando a vítima tinha apenas 5 anos
Dois homens foram condenados a 18 anos e sete meses de prisão por estupro de vulnerável em Araquari. Os abusadores são o avô e o pai da criança, que atualmente tem 12 anos e foi estuprada dos 5 aos 9 anos de idade.
A investigação do caso iniciou após a tia da menina procurar a polícia e relatar os abusos por parte de seu primo, pai da jovem. Ao psicólogo forense, por meio de depoimento especial, a vítima narrou que a violência acontecia de forma alternada e que cada denunciado a abusava separadamente.
Os crimes aconteceram de 2015 a 2019.
Na sentença, a juíza Shirley Tamara Colombo de Siqueira Woncce, da 2ª Vara da comarca de Araquari, atribuiu significância ao relato da menina, já que a falta de testemunhas é característica desse tipo de crime.
A magistrada ainda ressaltou que a ausência de outras pessoas no momento da prática da infração penal “constitui elemento indispensável para o êxito da empreitada criminosa, pois, do contrário, o agente seria contido. Por isso, então, as vítimas são assediadas em ocasiões nas quais não há ninguém capaz de socorrê-las”.
Para ela, pelo conjunto de provas dos autos, ficou comprovado que os acusados praticaram diversos episódios de conjunção carnal com a menina e, por isso, devem responder pelos abusos em regime inicialmente fechado.
Além das penas, o pai da vítima teve decretada a incapacidade para o exercício do poder familiar, nos termos do artigo 92, inciso II, do Código Penal, como efeito da condenação.
(AN)