Em Santa Catarina, serão dez candidatos a governador (dez a vice), 11 para senador e seus dois suplentes, 304 para deputados federais e 605 para as vagas na Assembleia Legislativa.
A partir desta terça-feira (16) até o dia 1º de outubro, 962 candidatos vão em busca de conquistar corações e mentes dos catarinenses almejando uma vaga para governador do Estado, senador, deputado federal ou estadual.
Esta terça-feira começa oficialmente a campanha eleitoral, com a oficialização das candidatas e candidatos que disputarão as eleições de 2022.
Em Santa Catarina, serão dez candidatos a governador (dez a vice), 11 para senador e seus dois suplentes, 304 para deputados federais e 605 para as vagas na Assembleia Legislativa.
O número de registro de candidaturas este ano em Santa Catarina bateu um recorde nas eleições gerais. Superou, e muito, o recorde das eleições de 2018, onde 784 concorreram ao pleito.
O número de candidatos a governador repete o das eleições gerais de 2018 com dez no total. Nenhuma mulher concorre ao maior posto do Estado. Por coincidência, há o mesmo número de candidatas mulheres ao cargo de vice-governadora em relação há quatro anos: quatro no total.
A faixa etária predominante dos candidatos ao governo do Estado está entre 60 a 69 anos, são quatro no total nesta faixa. Nove dos dez postulantes têm ensino superior completo. Oito candidatos são catarinenses, sendo três deles naturais de Florianópolis.
Patrimônio milionário
Juntos os candidatos ao governador do Estado declararam um patrimônio de aproximadamente R$ 28,5 milhões. O candidato ao governo de maior patrimônio declarado à Justiça Eleitoral é Jorge Boeira (PDT) com pouco mais de R$ 7,4 milhões, seguido de Odair Tramontin (Novo) com R$ 6,8 milhões. O menor patrimônio declarado foi do candidato Leandro Borges (PCO) com R$ 14 mil.
Os 304 postulantes às 16 vagas da bancada federal catarinense terão uma média de 19 candidatos por vaga; e os 605 que lutam pelas 40 vagas à Assembleia Legislativa, terão uma média de 15,12 candidatos por vaga.
Até as 19h desta segunda-feira (15), o PL é o partido com o maior número de candidatos em SC: 61 no total. Seguido do União com 58, Patriota com 56, além de PTB e PDT, ambos com 55. O partido com menos candidatos é o UP, com apenas uma candidatura.
Dos 16 atuais deputados federais todos irão concorrer à reeleição, enquanto 28 dos atuais 40 deputados estaduais tentarão se manter na Alesc.
Observa-se que essas candidaturas registradas ainda aguardam julgamento por parte da Justiça Eleitoral para homologação dos candidatos.Presidente do TRE-SC, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann – Foto: Bruno Collaço/Agência AL/ND
A expectativa do TRE-SC (Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina) é que a conclusão dos julgamentos dos pedidos de candidaturas seja concluída entre 12 e 20 de setembro. Isto por que as configurações das urnas dependem desses julgamentos.
“Agora vem o mais importante. Uma ou duas semanas das eleições temos que fazer a geração de urnas. Para chegarmos na geração de urnas temos que ter todos os candidatos devidamente julgados pela Lei da Ficha limpa”, informou o presidente do TRE-SC, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann.
“Todos os que estão registrados sofrerão análise jurisdicional do registro. Até 12 de setembro nós teremos que ter tudo isso julgado. Pode haver sub judice, e isso não vai impedir que a votação do candidato seja feita”, pontuou o presidente.
Ou seja, mesmo com o registro de candidatura em análise jurídica, o candidato poderá ter a foto, o número e o nome dele na urna.
Doze candidatos à Presidência
Doze nomes registraram candidaturas à Presidência da República nas eleições gerais deste ano. Dez chapas serão a chamada “puro sangue”, ou seja, o candidato a presidente e vice são da mesma legenda. Apenas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) têm postulantes a vice de outros partidos.
Pela primeira vez, serão quatro candidatas mulheres na disputa. Sendo duas chapas completamente formada por mulheres. São dez candidatos com ensino superior completo e quatro são advogados.
Gastos de campanha
Estipulado pela Justiça Eleitoral, os candidatos ao governo do Estado de Santa Catarina terão um limite de gasto de R$ 11.562.724,00 para o primeiro turno cada um e R$ 5.781.362,00 no segundo turno.
Para a única vaga do Senado em disputa, o limite de gasto é de R$ 4.447.201,54. Para deputado federal esse limite é de R$ 3.176.572,53 e estadual R$ 1.270.629,01.
Dos 50 candidatos mais ricos do Brasil, segundo declaração ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) três tem candidaturas em Santa Catarina.
Em quarto lugar nacional aparece Antídio Aleixo Lunelli (MDB), com bens declarados de R$ 390.033.568,89; Adrian Rogers Censi (PL) com R$ 55.097.582,01 na 33ª posição, e Nilso José Berlanda (PL) na 38ª posição com bens de R$ 46.612.300,31. O mais rico do país é Marcos Ermírio de Morais (PSDB-GO) com mais de R$ 1,2 bilhão em bens.Gastos de campanha são milionários – Foto: Divulgação/ND
Um levantamento do IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados) apontou que em Santa Catarina, a média de gastos na disputa ao Senado em 2018, consumiu R$ 3,2 milhões, o equivalente a 3,7 vezes o gasto da campanha vitoriosa ao governo do Estado, que consumiu R$ 862 mil.
Os valores foram corrigidos pelo índice de inflação do período (IPCA acumulado de outubro de 2018 a janeiro de 2022).
Segundo o estudo, a média de gastos para conquistar uma das 46 vagas da Assembleia foi de R$ 346 mil. Mas a campanha mais cara custou R$ 1,1 milhão, 1.205 vezes mais cara do que a campanha mais barata ao parlamento estadual, que custou R$ 924,27.
Todos os valores foram corrigidos pela inflação acumulada no período (IPCA acumulado de outubro de 2018 a janeiro de 2022).
Campanha eleitoral está liberada
Na campanha nas ruas que começa hoje, os candidatos poderão pedir votos de forma explícita, divulgar o número usado nas urnas e distribuir panfletos aos eleitores.
A partir de hoje estão liberadas a realização de comícios, caminhadas ou outros atos de campanha eleitoral. Fica autorizada também a propaganda na mídia impressa e na internet.TRE-SC – Foto: Gustavo Bruning/ND
Na internet, por exemplo, os candidatos já poderão ter sites e enviar mensagens para os contatos cadastrados pelos candidatos, partidos ou coligação. Está liberado também propagandas em blogs, redes sociais e também por WhatsApp.
Apesar de ser vedado veicular qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, é permitido o impulsionamento de conteúdo que seja contratado, exclusivamente, por candidatas, candidatos, partidos, coligações e federações partidárias ou pessoas que os representem legalmente, sendo identificados com clareza.
Mas no que tange às eleitoras e eleitores que sejam apoiadores, são proibidos de fazer tal impulsionamento.
Até a antevéspera das eleições, candidatos podem fazer propaganda paga em jornais e revistas, desde que respeitadas as limitações de tamanho.
Comícios, atos eleitorais e uso de carros de som podem ser feitos das 8h até meia-noite. Lembrando que o TSE limita o ruído dos carros de som em no máximo 80 decibéis. Comício de encerramento de campanha tem exceção e pode ir até 2h da manhã.
O horário eleitoral no rádio e na televisão terá início no dia 26 de agosto e vai até o dia 30 de setembro para os cargos que concorrem ao primeiro turno.
O período da propaganda vai de 16 de agosto até 1º de outubro, véspera das eleições. Durante o período de julgamentos dos registros, estes candidatos podem fazer campanha.
Os candidatos a presidente da República:
- Ciro Gomes (PDT)
Vice: Ana Paula Matos (PDT) - Eymael (DC)
Vice: Professor Bravo (DC) - Felipe D’Ávila (Novo)
Vice: Tiago Mitraud (Novo) - Jair Bolsonaro (PL)
Vice: Braga Netto (PL) - Léo Péricles (UP)
Vice: Samara Martins (UP) - Lula (PT)
Vice: Geraldo Alckmin (PSB) - Pablo Marçal (Pros)
Vice: Fátima Pérola Neggra (Pros) - Roberto Jefferson (PTB)
Vice: Padre Kelmon (PTB) - Simone Tebet (MDB)
Vice: Mara Gabrilli (PSDB) - Sofia Manzano (PCB)
Vice: Antonio Alves (PCB) - Soraya Thronicke (União)
Vice: Marcos Cintra (União) - Vera (PSTU)
Vice: Raquel Tremembé (PSTU)
Candidatos ao governo do Estado:
- Décio Lima (PT)
Vice: Bia Vargas (PSB) - Esperidião Amin (PP)
Vice: Dalírio Beber (PSDB) - Gean Loureiro (União)
Vice: Eron Giordani (União) - Jorge Boeira (PDT)
Vice: Dr Dalmo (PDT) - Jorginho Mello (PL)
Vice: Delegada Marilisa (PL) - Leandro Borges (PCO)
Vice: Leandro Borges (PCO) - Moisés (Republicanos)
Vice: Udo Dohler (MDB) - Odair Tramontin (Novo)
Vice: Ricardo Althoff (Novo) - Professor Alex Alano (PSTU)
Vice: Gabriela Santetti (PSTU) - Ralf Zimmer (Pros)
Vice: Ana Lucia Meotti (Pros)