Categoria prevê atos pelo Estado em defesa do piso salarial; na Grande Florianópolis, assembleia geral está marcada para às 13h30
Os enfermeiros de Santa Catarina e de todo o país planejam manifestações nesta quarta-feira (21) em defesa do piso salarial da categoria, conforme orientações do Fórum Nacional da Enfermagem.
A entidade sinalizou uma paralisação de 24 horas, mas a instrução é que os profissionais procurem o seu sindicato, respeitando a realidade de cada local.
Na Grande Florianópolis, haverá uma Assembleia Geral Unificada, com primeira chamada marcada para às 13h30, e segunda chamada às 14h, segundo o SindSaúde/SC (Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Santa Catarina).
A Assembleia acontecerá na Praça Tancredo Neves, no centro da Capital. Na sequência, os profissionais de enfermagem seguirão em ato pelo Centro. Em Lages, na Serra catarinense, está marcado um ato para às 17h na Praça João Costa.
Nesta manhã, em Criciúma, no Sul do Estado, profissionais da enfermagem se mobilizaram na Praça Nereu Ramos, com passeata em frente ao Hospital São José, e reuniu cerca de 300 trabalhadores.
O piso salarial de enfermagem, que foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), foi suspenso pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (15). Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.
A presidente interina do Coren-SC (Conselho Regional de Enfermagem), Maristela Azevedo, destacou a organização dos profissionais de enfermagem neste momento e a importância de todos estarem alinhados com as movimentações nacionais.
“Agora é hora de manter a categoria unida e buscar estratégias de movimentação e mobilização, como nesta paralisação de um dia. Em paralelo à isso, o Conselho Federal (Cofen) está acompanhando a ação que tramita no STF e o Congresso Nacional está comprometido em encontrar novas fontes de recursos para o piso. Estamos nessa luta em muitas frentes e esperamos que em breve esse nosso direito conquistado volte a valer e possamos dar finalmente dignidade para os profissionais da Enfermagem que trabalharam incansavelmente durante a pandemia”, ressaltou Maristela.
“A união será fundamental neste momento. Já fizemos um ato muito bonito na última sexta-feira e seguiremos na luta pelos nossos direitos”, afirmou o vice-presidente do SindSaúde/SC, Nereu Sandro Espezim.
Situação na Grande Florianópolis
A Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis informou que, até a manhã, a situação dos atendimentos estava normal.
São José disse que não existe movimento de greve dos profissionais da área de enfermagem e afirma que há um canal de comunicação direto da gestão com os funcionários da categoria.
A prefeitura de Palhoça apontou que não há informações sobre paralisação até o momento e que os serviços funcionam normalmente. Biguaçu informou que não há previsão de paralisação no município e acrescentou que os serviços também funcionam normalmente na cidade.
A SES (Secretaria de Estado da Saúde) informou que não tem informações sobre paralisação nas unidades estaduais. De acordo com a pasta, os hospitais do Estado não foram impactados.
Senado discute fontes de financiamento
O colégio de líderes do Senado debateu na manhã dessa segunda-feira (19), o financiamento do piso salarial dos profissionais da enfermagem. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a aprovação de quatro projetos de lei como forma de viabilizar o pagamento do piso salarial dos enfermeiros.
“Nosso esforço é para restabelecer o pagamento do piso, em diálogo com o STF, já nos próximos 30 dias”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na próxima quinta-feira (22), haverá uma sessão no Senado para voltar a discutir as fontes de financiamento do piso.
(NDMais)