Um novo grupo de cidadãos estrangeiros e palestinos com passaportes de outros países chegou nesta quinta-feira (2) à passagem terrestre de Rafah para cruzar para o território do Egito, embora não haja previsão que nenhum brasileiro consiga deixar ainda nesta quinta a Faixa de Gaza.
De acordo com a embaixada do Brasil na Palestina, a segunda lista de estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza, não contém nenhum brasileiro.
Os países contemplados são Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade.
O Egito estima que nos próximos dias receberá milhares de estrangeiros retidos na Faixa de Gaza, bem como civis palestinos gravemente feridos pelos bombardeios israelenses.
No entanto, segundo o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, os brasileiros seguem sem autorização para atravessar a fronteira.
De acordo com testemunhas e meios de comunicação egípcios, quem chegou nesta quinta à passagem de Rafah, única saída de Gaza não controlada por Israel, cumprirá os trâmites para entrar em território egípcio e depois será repatriado para os países que transportam as suas nacionalidades.
Este é um processo complicado com o qual o Egito – que tinha concordado em abrir a passagem com Israel, graças à mediação de Catar e Estados Unidos – quer garantir que os palestinos com dupla nacionalidade ou estrangeiros que entrarem em seu território sejam repatriados dentro de um período de alguns dias.
O número exato de pessoas que serão autorizadas a entrar nesta quinta em território egípcio é desconhecido, embora o Ministério das Relações Exteriores egípcio tenha estimado em 7 mil, de 60 nacionalidades, o total de palestinos com passaporte estrangeiro e de cidadãos de outros países que devem chegar ao país africano.
Em Gaza, um porta-voz do grupo islâmico Hamas, que controla o enclave palestino, disse que cerca de 60 feridos e 400 palestinos com passaportes estrangeiros e cidadãos de outros países estão programados para deixar a Faixa nesta quinta em direção ao Egito através da passagem de Rafah.
Esta quarta (1º) foi a primeira vez, desde o início do conflito entre o Hamas e Israel, em 7 de outubro, que a passagem foi aberta para essa finalidade. Anteriormente, só era permitida a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino.
Cerca de 50 ambulâncias egípcias transportaram dezenas de pessoas gravemente feridas pelos bombardeios para receberem tratamento em hospitais egípcios, dada a situação deteriorada nos centros de saúde de Gaza.
Paralelamente, cerca de 335 palestinos com passaportes estrangeiros e cidadãos de outros países residentes na Faixa chegaram ao Egito nesta quarta graças a um acordo mediado pelo Catar com Israel, Hamas e o governo egípcio.
*EFE