Investigação aponta que mortes ocorreram cinco dias antes de os corpos serem encontrados
Os assassinatos Agostinho Petry, 57 anos, e Eliana Maria Stickel Francisco, 46 anos, ocorridos no mês passado em Timbó, estão esclarecidos para a Polícia Civil. De acordo com as investigações, o ex-marido e o filho da mulher morta são os mandantes do crime. O motivo seria uma disputa por herança. Os dois foram presos juntamente com um dos executores. Outro envolvido está foragido.
Conforme o delegado André Beckmann, Eliana se separou do ex-companheiro em outubro do ano passado e precisou entrar na Justiça por causa da divisão dos bens, como propriedades em Indaial, Presidente Nereu e Joinville. Inconformado com o fim da relação e sem concordar com a partilha, pai e filho decidiram matá-la.
Para a polícia, os dois contrataram uma dupla em Joinville para tirar a vida de Eliana. O pagamento pelo serviço seria o dinheiro do seguro de um carro que o ex-marido da vítima registrou como furtado, mas segundo as investigações não passava de um golpe. A seguradora foi alertada e não fez o pagamento.
Os responsáveis por cometer o crime, dois jovens de 19 e 21 anos, teriam chegado a Timbó na madrugada do dia 15 de julho e praticados os assassinatos dentro da casa de Agostinho. O corpo dele e de Eliana, com quem estava namorando, foram encontrados cinco dias depois do duplo homicídio, quando o filho de Agostinho decidiu ir ver porque o pai não respondia as mensagens dele.
Na data, o Instituto Médico Legal informou que o casal morreu vítima de perfurações causadas por arma branca. Conforme a Polícia Militar, o homem estava amarrado e tinha um corte profundo no pescoço. A mulher, ferimentos na cabeça e costas. Cada um estava em um quarto.
Além da prisão de pai e filho, ocorridas neste fim de semana em Joinville, a polícia prendeu também o rapaz de 19 anos. O delegado Beckmann acredita que ele tenha desferidos os golpes no pescoço de Agostinho. Isso porque, quando ainda era menor de idade, o jovem esteve recolhido no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) por causa de um latrocínio, onde a vítima teria morrido com golpes na mesma região do corpo.
O segundo homem apontado como executor do crime está foragido.
Os três presos ficaram em silêncio durante o interrogatório, segundo o delegado.
(NSC Total)